Nota de repúdio

Nota de repúdio - 03/11/2022

Recentemente Gramado e a Serra Gaúcha foram citadas com sarcasmo pelo jornalista Eduardo Pena, que embora tenha como característica o humor ácido, extrapolou seu direito de expressão ao chamar o nosso povo e nossas tradições de bregas, retrógrados e ridículos.

A fala é carregada de preconceito a um povo trabalhador, empreendedor e acolhedor, que com seu trabalho alçou a Serra Gaúcha, especialmente Gramado ao segundo destino turístico mais visitado do país. É de Gramado a maior festa de Natal do mundo e o Festival de Cinema que em 2022 completou 50 anos ininterruptos; Gramado é reconhecida por lei como a Capital Nacional do Chocolate Artesanal e do Cinema Brasileiro. Recebemos cerca de seis milhões de turistas ao ano e todos são bem-vindos, independente de seu poder aquisitivo.

O estilo construtivo de Gramado tem no bávaro o resgate da nossa história, dos nossos imigrantes, daqueles que iniciaram o desenvolvimento da pequena vila tornando-a uma das cidades mais desejadas - e pelo teor do vídeo, invejadas - do Brasil. Na década de 1980 esse estilo foi estimulado inclusive com incentivos fiscais justamente para resgatar e manter o que há de mais importante para um povo: a sua história. Mas também temos o estilo açoriano e italiano, o que certamente o referido escritor sabe, visto ser um conhecedor da história gaúcha.

Gramado é sinônimo de sucesso turístico e isso se deve ao seu povo, que ao contrário dos adjetivos proferidos, é elegante no trato e visionário nos negócios. Não à toa somos uma economia grandiosa e oitenta por cento dos que desembarcam no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, tem como destino a nossa cidade.

O povo da Serra, especialmente os gramadenses, estão ofendidos com a fala sarcástica do jornalista Eduardo Pena e repudiam veemente a sua conduta.

Diferentemente dele, seguiremos emanando amor e elegância e fazendo com que nossa cidade seja cada vez mais pujante econômica e socialmente, o que orgulha o Rio Grande do Sul.

Prefeito de Gramado,

Nestor Tissot.

Foto: Cleiton Thiele