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Preservar a identidade, valorizar a cidade: Câmara analisa padronização do estilo arquitetônico de Gramado

  • Foto do escritor: yasmin veras
    yasmin veras
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura
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Desde o último dia 3 de novembro, a Câmara Municipal de Gramado passou a tramitar o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 006/2025, que dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) — instrumento que regulamenta as características arquitetônicas predominantes no município.


De autoria do Executivo Municipal, o projeto tem como objetivo padronizar a análise de projetos arquitetônicos a partir de critérios técnicos e de pontuação, promovendo a preservação do estilo local, segurança jurídica, transparência e incentivo à qualidade estética que consolidam a identidade e o potencial turístico de Gramado.


Na manhã desta quinta-feira, 13, os vereadores receberam, na Casa do Povo, o secretário de Planejamento e Urbanismo, Rafael Bazzan, Bernardo Tomazelli, presidente da PLANTA Gramado e da diretora da entidade, Camila Bertoja – Entidade para o Desenvolvimento Sustentável Imobiliário da Serra Gaúcha, que tem atuado em conjunto com a Prefeitura na elaboração da proposta. O encontro teve como foco esclarecer dúvidas e aprofundar o debate técnico sobre as diretrizes apresentadas no projeto.


Por tratar-se de uma matéria que impacta diretamente a vida dos gramadenses e o setor da construção civil, o PLC desperta grande interesse da comunidade, do empresariado local e profissionais da área. A proposta atende a uma determinação do Plano Diretor Municipal, que estabelece a necessidade de preservar aspectos ligados à tradição, cultura e paisagem, valorizando o estilo arquitetônico que distingue Gramado no cenário nacional.


O que muda na arquitetura de Gramado?

O texto do projeto define oito elementos arquitetônicos principais que servirão de referência para avaliação e aprovação de novos projetos:


Telhados inclinados aparentes


Beirais e terças (ou “cachorrinhos”)


Oitões triangulares, gaiutas e mansardas


Revestimentos em pedra, tijolo ou madeira


Sacadas e floreiras


Paleta de cores preferenciais, com tons terrosos, cinzentos, verdes e neutros


Cada item receberá pontuação específica, e o projeto arquitetônico deverá atingir uma pontuação mínima, variável conforme a região da cidade. Nas áreas centrais e turísticas, as exigências serão mais rigorosas, reforçando a preservação do estilo que tornou Gramado reconhecida em todo o país.


O texto também prevê um sistema de bonificação: empreendimentos que alcançarem a pontuação máxima poderão receber 5% adicionais no índice de aproveitamento do terreno, estimulando a excelência estética e o respeito às normas urbanísticas.


Benefícios para a população

A proposta busca padronizar, proteger e valorizar a identidade visual da cidade, oferecendo segurança jurídica a arquitetos, engenheiros, investidores e cidadãos.

Com critérios claros e objetivos, a análise de projetos tende a se tornar mais ágil, uniforme e transparente, permitindo um crescimento urbano ordenado, sem limitar a criatividade dos profissionais da área.


Outro ponto de destaque é a preservação do “estilo Gramado”, um dos grandes símbolos da cidade. Ao alinhar arquitetura, paisagismo e história, o projeto contribui para a qualidade de vida da comunidade e mantém viva a imagem acolhedora e única que atrai visitantes de todo o Brasil e do mundo.


A Câmara Municipal de Gramado reafirma, mais uma vez, seu papel de espaço de diálogo, transparência e construção coletiva, fortalecendo as políticas públicas que unem crescimento urbano e valorização da cultura local. Ao abrir as portas para o debate do Plano Diretor, o Legislativo reforça seu protagonismo na defesa da identidade de Gramado — uma cidade que se desenvolve sem perder o encanto que a tornou referência nacional.

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