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Censura Gourmet com Tornozeleira: O Supremo inventa o "Silência Premium"

  • Foto do escritor: Ricardo Veras
    Ricardo Veras
  • 22 de jul.
  • 2 min de leitura
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Por Sandro Chagas – Jornalista (DRT/RS 15.843) e Advogado (OAB/RS 105.040)


Alexandre de Moraes, também conhecido como o CEO do Judiciário BR Ltda., decidiu que Jair Bolsonaro agora só pode existir em modo silencioso. A nova leva de medidas cautelares, aprovada com gosto na Primeira Turma do STF, inclui uma tornozeleira eletrônica (o acessório da temporada), veto total a redes sociais e uma proeza jurídica: a proibição de terceiros postarem conteúdo do ex-presidente. Sim, até pensamento compartilhado pode virar crime. Orwell não previu esse plot twist.


O Supremo, que já não legisla mais — porque isso é para amadores — agora também decidiu que liberdade de expressão é um privilégio VIP, reservado para quem tem a carteirinha da narrativa oficial. Bolsonaro virou o primeiro cidadão brasileiro a ser condenado por potencial midiático. Se ele falar e ninguém ouvir, ainda assim será punido. Uma espécie de assombro jurídico: o crime de eco.


Luiz Fux tentou levantar a mão com um "peraí, isso não está na Constituição...", mas foi logo enquadrado como herege. A CNN, até então hibernando diante do STF-verse, redescobriu o conceito de voto divergente. Um milagre editorial! Pena que dure até a próxima decisão impopular.


Enquanto isso, Moraes segue como maestro de um concerto onde desafinar custa caro. E quem ousa discordar, ganha um kit repressão: censura com gravata, legalismo com pitadas de vingança.


Hoje calaram Bolsonaro. Amanhã é o seu perfil que some. Depois, o podcast, o artigo, o meme, o suspiro. Tudo pela democracia, claro. Versão Suprema Deluxe: você tem direito de falar... até que eles decidam que não.


A Constituição de 1988 virou o panfleto institucional do STF. Serve para decorar discurso e enfeitar a estante. O resto é jurisprudência gourmet: feita sob medida, servida quente e sem direito a recuso em trânsito.


Bem-vindo à democracia de silêncio compulsório. E não esqueça: não basta obedecer. É preciso aplaudir.

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